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quinta-feira, 22 de março de 2007

"Os Grandes Covilhocos" - Celestino David

Nasceu na cidade da Covilhã, freguesia de S.Pedro, a 14 de Janeiro de 1880.
Matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra em 1897 onde foi condiscípulo e amigo de João Júlio, Augusto Gil, João de Deus Ramos, João Ubrich, Marques Braga, Luís Crespo, Aníbal Soares, Augusto de Castro, João de Barros, Alberto Costa entre outros. Ainda em Coimbra publica os seus primeiros livros:"O livro de um português" e "Pela terra", este em colaboração com Aníbal Soares.
Vai aos concursos pra Delegados e Conservadores do Registo predial, onde obtém boa classificação. Foi colocado sucessivamente em Gouveia, Cartaxo e Campo Maior como Administradro do Concelho e depois em Alfandega da Fé e Vila Viçosa como Conservador do Registo predial. De Vila Viçosa transitou para Castelo branco onde desempenhou o lugar de 1º Oficial do Governo Civil e em 16 de Fevereiro de 1912 é colocado como Secretário geral do Governo Civil de Évora.
Em 1919 fundou o Grupo Pro-Évora, que na defesa de Évora e do seu património artístico exerceu acção notável desde a sua fundação.
Exerceu acção notável como jornalista, escrevendo em mais de 80 jornais e revistas nacionais e estrangeiras.
Ao atingir os 70 anos de idade, em janeiro de 1950, foi homenageado pelo Governo e pela cidade de Évora, tendo-lhe sido conferido o título de cidadão honorário de Évora. Em Janeiro de 1951 o Ministério da Educação Nacional confere-lhe as insígnias da ordem de S. Tiago. Faleceu em Setembro de 1952 vítima de ataque cardíaco.


terça-feira, 13 de março de 2007

"Os Grandes Covilhocos" - Prof. António dos Santos Viegas

Prof. António dos Santos Viegas (1835/1919) - foi Reitor da Universidade de Coimbra, e Ministro das Finanças no governo de Sidónio Pais e representante de Portugal no tratado de Versalhes.

"Os Grandes Covilhocos" - João Ramalho

Foi um aventureiro beirão, o mais certo covilhanense, que naufragou nas plagas de Vera Cruz, segundo uns, antes de lá ter chegado Pedro Álvares Cabral, segundo outros pelo ano de 1508.
Depois da viagem de Pedro Álvares Cabral, novas armadas e naus, navegam junto à costa do novo continente, fazendo o reconhecimento de novas enseadas. Por vezes fundeavam, e procuravam internar-se naquelas terras exuberantes de vegetação e despertadoras de sonhos e aventuras. Sucedia, que por vezes, algumas naus abandonavam naquelas ignotas terras, degredados, que por ali ficavam entregues à sua sorte. Os náufragos procuravam sobreviver em terras inóspitas e florestas impenetráveis e desconhecidas, povoadas de serpentes de onças e inimigos invisíveis. Acontecia depararem-se com nativos que, se algumas vezes os acolhiam impávidos e serenos, outros os hostilizavam e dizimavam. Colombo viria a declarar que os selvagens, que ele descobrira eram mais felizes do que os homens civilizados...
Um tal Diogo Álvares, minhoto, foi para ao Norte do Brasil, no lugar onde mais tarde o governador Tomé de Sousa viria a fundar a cidade da Baía. Outro degredado da armada de Gonçalo Coelho, fixou-se ao Sul, na ilha depois chamada Cananeia, que povoou. E outro grupo de portugueses, pelo ano de 1508 naufragou no local que viria a ser capitania de S. Vicente, e que depois se tornou metrópole de garimpeiros, aventureiros perdidos na miragem do ouro e dos diamantes.

Como quer que fosse, João Ramalho foi um desses aventureiros que se internou no mato, ganhando a costa do Cubatão, onde se encontrou com os índios, tendo com eles artes de bem se relacionar. Aprendeu a falar a língua dos nativos, o tupi-guarani, e ganhou a confiança de um chefe índio, que lhe deu uma filha em casamento.
Mas João Ramalho havia de fazer larga prole de mestiços, e com eles fundou a aldeia de Santo André da Porta do Campo. Passaram anos, e um belo dia de 1535, fundeava na Baía, depois chamada de Todos os Santos, a armada de Martim Afonso de Sousa. Do cerrado da mata, começaram a surgir índios armados, dispostos a enfrentar os mareantes desembarcados nas areias da formosa baía. Já se iam preparando as bombardas nas naus, quando foi visto um homem branco, enorme, de longas barbas, que tentava apaziguar os índios, e levantava para os portugueses os braços em sinal de paz. Era João Ramalho.

Um pintor chamado Pedro Américo retratou para a História, esse momento memorável do encontro entre um capitão-mor, enviado por El Rei às terras de Vera Cruz, e João Ramalho e seus companheiros índios.
Martim Afonso de Sousa deu foral à vila de S. Vicente, e nomeou, em nome de El Rei D. João II, João Ramalho capitão-mor das terras altas de Piratininga. Sabe-se que João Ramalho colaborou com Martim Afonso de Sousa nos primeiros aldeamentos do Brasil.

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Diário XXi divulga "Os Grandes Covilhocos"

Em Flagrante
O blogue Máfia da Cova decidiu seguir o exemplo da RTP e lançar um concurso sobre personalidades famosas, mas da cidade da Covilhã. Uma ideia para acompanhar na Internet, em http://mafiadacova.blogspot.com

"Os Grandes Covilhocos" - Leal de Zêzere



in Enciclopédia Portuguesa Brasileira


via Casegas Vai Nua

"Os Grandes Covilhocos" - Maria Isabel Moura

Maria Isabel Moura nasceu na Covilhã, em 1955, continuando hoje a viver no norte do pais, onde trabalha. É autora do livro Vinte Maneiras Diferentes de Contar a Mesma História,que ganhou em 1998 o Prémio Manuel da Fonseca. Colabora também em vários jornais.Todo o Começo É Involuntário, o seu novo livro, é um romance erótico que foge ao tom comum na literatura portuguesa. Provavelmente, deve-se a isso o enorme silêncio feito à roda deste livro. Sobretudo porque é escrito por uma mulher.

"Os Grandes Covilhocos" - Dr. Luís Fernando de Carvalho Dias

1914-1991

Formado em Direito pela Universidade de Coimbra. Dedicou-se à investigação histórica, coligindo, na Torre do Tombo, numerosos documentos relativos à história dos lanifícios, do que resultou a publicação, em três volumes, da "História dos Lanifícios", versando a época de 1750/1834. Publicou ainda "Heitor Pinto - Novas Achegas para a sua Biografia" e "Forais Manuelinos".

"Os Grandes Covilhocos" - ANTONIO PEDROSO DOS SANTOS

Uma figura ilustre que pela sua elevada inteligência, muito saber e forte acção se pode considerar, na época da sua existência, o grande reformador da Covilhã.
Foi Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, durante os anos de 1884 e 1885 e Governador Civil do distrito de Castelo Branco, em data que não conseguimos localizar.
A sua robusta inteligência possibilitou-lhe, quando ainda Vereador e, portanto, antes de ser Presidente da Câmara, apresentar, em 10 de Janeiro de 1882, três “Propostas” que deram lugar a uma arrojada transformação desta urbe serrana, colocando-a, assim, no lugar certo que lhe pertencia.Com os elementos constantes das aludidas “Propostas” o Arquitecto Antunes Navarro,em 1883, elaborou um estudo que modificou e deu dinâmica brilhante à Covilhã.

Apesar de ter nascido em Almeida, burgo pleno de pergaminhos históricos, podemos considerá-lo como sendo um ilustre covilhanense, visto que veio para a Covilhã, naturalmente de tenra idade, onde sempre viveu e até morreu.Frequentou a Universidade de Coimbra onde concluiu o Curso de Direito, com distinção.A sua passagem pela cidade dos estudantes foi numa época brilhante, em que se encontrou com um excelente grupo de figuras marcantes no país, tais como Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Antero de Quental, Oliveira Martins e tantos outros.Fez o curso de Direito que lhe deu lugar a ser um causidico jurídico com elevada projecção na Covilhã, em Lisboa e noutras localidades do país.
Tinha 64 anos de idade quando faleceu em consequência de doença súbita, como consta do Assento do seu óbito(...)

"Os Grandes Covilhocos" - Álvaro Paulo Francês de Matos

Nasceu à rua da Fonte Fria, na vila de Tortosendo, Covihã, a 28 de Julho de 1960.
Aos 18 anos , resolve fazer o curso Superior de Teatro do Conservatório Nacional de Lisboa, com tese na variante de formação de Actores e Encenadores, entre 1977 e 1981. Em 1978 inicia a sua actividade profissional trabalhando com Jorge Silva Melo, Carlos Avilez, Fernanda lapa e arrisca as primeiras experiências como encenador, no Teatro Universitário. Em 1983 parte para Paris como bolseiro do Governo francês onde obtém o diploma da Escola de Teatro,Mimo e Movimento de Jacques Lecoq. Durante 4 anos de permanência frequenta estágios com personalidades de renome mundial como Mnouchkine, Giorgio Srehler ou Peter Brook.Regressou a Lisboa em 1987 trabalhando na quase totalidade das companhias de teatro de Lisboa e participado em variadíssimas produções de cinema, com realizadores como João Botelho,Manoel de Oliveira, Franc Appréderis etc e de televisão com realizadores como Walter Avancini, Nicolau Breyner entre outros.
Muitos lembrar-se-ão dele ao vê-lo e ouvi-lo diariamente na televisão como actro publicitário principal ("Tide Máquina - branco mais branco não há" ou como actor de telenovela portuguesa - "Desencantos" , depois de ter participado na telenovela "Banqueira do Povo".

in Artistas da Nossa Terra, Manuel Vaz Correia, 1998