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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

"Os Grandes Covilhocos" - Mateus Fernandes

No livro intitulado "Retratos de Varões Que Ilustraram a Nação Portuguesa", da autoria de António José de Figueiredo, vem desenhado o retrato de Mateus Fernandes, com a legenda de ser da Covilhã, e "o mais insigne arquitecto, cujo nome conserva a história do Reino, a quem podemos chamar o primeiro arquitecto da Europa e do seu século. Segundo o mesmo autor, D. João II facultara ao ilustre arquitecto viajar pela Europa, a fim de tomar contacto com a arte das catedrais europeias. Ainda o mesmo autor terá visto confirmada a naturalidade de Mateus Fernandes em uma crónica carmelita, facto que não é contestado pelo Cardeal D. Francisco de São Luís, que, apontou erros no citado livro.










Pormenor do portal das Capelas Imperfeitas

Ignora-se a data do nascimento de Mateus Fernandes, sabendo-se, todavia, que morreu em 1515, tal como se pode ler numa pedra tumular, à entrada axial do templo.
Mateus Fernandes terá sido o introdutor do estilo manuelino, ou estilo gótico português, caracterizado pela introdução de temas marítimos, vegetalistas e exóticos, inspirado na gesta dos Descobrimentos.
O ilustre covilhanense trabalhou no átrio, no pórtico principal, nas abóbadas das Capelas Imperfeitas e talvez na conclusão da Casa do Capítulo. Enquanto era substituído nas obras do Mosteiro por seu filho, do mesmo nome, Mateus Fernandes trabalhou na reconstrução dos Castelos de Almeida e de Castelo Branco. Pode estranhar-se porque não terá trabalhado nas torres e muralhas da Covilhã, sua terra natal. O que se sabe é que ele foi igualmente arquitecto da Igreja da Misericórdia das Caldas da Rainha, onde se vislumbram traços do seu estilo peculiar manuelino.
No último ano da sua vida, terá ainda gizado o plano da Igreja Matriz da Batalha, que só seria concluída em 1532, isto é dezassete anos após a sua morte.

Link: C.M. Covilhã

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