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terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

"Os Grandes Covilhocos" - Teresa Granado

Teresa Granado nasceu na Covilhã, a 29 de Março de 1929. O pai era médico e proprietário de uma Casa de Saúde. Dos seis filhos, Teresa era quem o acompanhava sempre que podia e o ajudava nos pequenos curativos. «Aos nove anos, já tratava das feridas das crianças mais carenciadas, que a procuravam em nossa casa», conta a sua irmã, Fernanda Granado.
Embora a vontade de ajudar o próximo se tenha manifestado desde muito cedo em Teresa, o exemplo da mãe também foi decisivo na sua opção pela vida religiosa. «A nossa mãe estava sempre disponível para ajudar e era muito carinhosa», diz Fernanda. «Éramos três rapazes e três raparigas. Quando as minhas duas irmãs mais velhas atingiram a adolescência, ela decidiu que deviam tomar conta de bebés. Assim, não só aprendiam a cuidar de uma criança, como permitia que as suas mães tivessem algum tempo livre.»
Depois de terminar o liceu, Teresa foi estudar para o Instituto Superior de Serviço Social (ISSS), actual Instituto Superior Miguel Torga, em Coimbra, onde fez o curso de Assistência Social. «Nas férias, quando vinha para casa, não trazia quase nada, porque entretanto tinha distribuído todas as suas roupas pelos pobres que ia encontrando no caminho», recorda Fernanda Granado.
Após o curso, Teresa Granado decidiu optar pela vida religiosa e, com apenas 22 anos, partiu como missionária para França e Itália. Mas, logo no início da sua carreira como religiosa, percebeu que a sua missão não se limitava à vida nos conventos. O seu espírito queria sempre fazer algo mais. Vestida com o hábito da congregação, que fazia realçar a sua tez clara e o seu olhar profundo e meigo, Teresa percorria as ruas, pedindo esmolas de porta em porta para ajudar os mais desfavorecidos. “Ia juntamente com outra irmã, a irmã Laetitia. Saímos da casa religiosa levando apenas um pequeno farnel para todo o dia”, recorda Teresa. “Era muito cansativo, mas foi uma grande lição de humildade. Descobri que as pessoas mais pobres dividiam com maior prazer o pouco que tinham do que os mais abastados. Houve um dia em que encontramos um senhor que nos disse: «não tenho dinheiro para vos dar, mas posso arranjar qualquer coisa». Nisto partiu uma pequena barra de sabão ao meio e deu-nos”.

Em 1956, o destino chamou-a até Macau, onde prosseguiu a sua missão junto dos refugiados chineses e dos detidos da cadeia daquele território

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Com vários louvores públicos recebidos ao longo da sua carreira, para além do Prémio de Solidariedade atribuído pelo Congresso Internacional De Cultura e Desportos de Itália, Teresa Granado foi condecorada pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, em 1997, numa cerimónia onde recebeu o Diploma de Comendadora.

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